Só um pouquinho não faz mal...

Quem já não ouviu ou disse uma frase dessa...

Fulano de Tal está com a maior dor de dente e não consegue se segurar diante daquele docinho de goiaba que deixaram ali, na porta da geladeira...

Ciclano pegou uma gripe daquelas, e ainda assim não abre mão daquele sorvetinho de flocos com bastante cobertura de chocolate...

Beltrano sabe que aquele cara que diz ser seu "amigo" não é lá um amigo confiável... mas volta e meia eles estão lá, aprontando juntos de novo...

Em todos os casos, é sempre a velha história: "ah, mas é só um pouquinho, não vai fazer mal algum...". Muito bem. Agora me diga quantos viciados em drogas lícitas ou ilícitas já disseram isso. Não foi aquele pouquinho que ele experimentou que o levou ao vício? É, meu amigo, uma única azeitona podre estraga todas as que estão no mesmo pote.

Pequenas coisas que fazemos de vez em quando podem ser a raiz dos nossos maiores problemas. E com a vida espiritual não é diferente. Algumas vezes nos pegamos fazendo certas coisas e dizemos que "não tem nada a ver". Mais tarde, aquela vontade de voltar a praticá-lo vem à tona, até chegar o momento em que se torna inevitável, pois já estamos imersos nisso. Não é à toa que tem muita gente caída, prostrada, desanimada, fraca. Pura falta de vigilância.

A partir do momento em que reconhecemos as nossas fraquezas, a necessidade de vigiar a todo momento é imprescindível. Sabemos que são os pequenos detalhes que fazem toda a diferença; então, pra que nos deixamos levar por tentaçõezinhas aparentemente inofensivas, mas que no fundo podem provocar um estrago tão grande em nossas vidas?

Por um pequeno erro de cálculo um engenheiro pode levar uma construção à ruína. Um microscópico vírus abala toda a estrutura física de uma pessoa. Assim são com aquelas pequenas atitudes que aparentemente "não tem nada a ver"...