sábado, 30 de abril de 2011

A parábola do semeador aplicada à juventude - Parte 1


Eis que o semeador saiu a semear. E quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na; e outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; mas vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Mateus 13.3-9)




À beira do caminho

Luísa não era daquelas garotas populares que desfilavam com seus modelitos novos todos os dias, mas era conhecida por boa parte dos alunos que estudavam no colégio mais tradicional da cidade. Nunca foi de se meter em confusão, nunca usou drogas, era "pura" aos olhos dos outros e tinha bom comportamento. Em casa, tinha um relacionamento distante com os pais cristãos. Os dois frequentavam uma igreja a poucos metros de casa e sempre procuraram levar a filha com eles, e às vezes Luísa até aceitava o convite que lhe era feito.

Na igreja, Luísa se afastava dos pais e procurava sentar nos últimos bancos, pois queria mandar torpedos para suas amigas durante o culto sem que os pais desconfiassem. Afinal, ela não iria ficar quase duas horas ouvindo sermão daquele pastor carrancudo que estava em cima do altar. Duas horas era muito tempo para ser desperdiçado com coisas 'sem sentido'.

Luísa vivia num mundo muito diferente das pessoas que frequentavam a igreja. Quando alguém vinha falar de Deus para ela, sua reação era simples e direta: ou desconversava, ou saía de perto. Não era do seu feitio ouvir baboseira de crente, pois aquilo não a interessava. Para ela, os fatos relatados na Bíblia eram apenas histórias e Jesus era tão somente um personagem bíblico, um revolucionário de uma época que ela não viveu e que, portanto, não fazia a menor diferença na sua vida. Aliás, esta estava seguindo o seu curso normalmente, sem maiores problemas. Pra que se preocupar?

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A beira do caminho é a representação do coração de Luísa. Seu coração duro como pedra não estava nem um pouco interessada na Verdade da Palavra, o que a levava simplesmente a negar tudo o que estava ouvindo. Melhor dizendo, Luísa não tinha nem mesmo o trabalho de ouvi-la. A satisfação com seu próprio modo de viver impedia que a semente fosse plantada no seu coração, e quanto melhor tivesse a sua vida, mais sua mente e seu coração estavam trancados para o evangelho. Ir à igreja era o seu passatempo, pois talvez ficar em casa parecesse muito chato e, além do mais, na igreja ela poderia conhecer alguém que tivesse um coração igual ao dela, e isso seria benéfico para o seu lado.

Como esse coração pode render-se a Cristo?

Parece simples, mas não é tão fácil quanto parece. Quem já tentou quebrar uma rocha sabe do que estou falando. Um grande edifício, feito com as mais firmes rochas e os mais resistentes aços que possam ser encontrados, não é demolido com tanta facilidade. Somente um terremoto muito intenso ou uma grande explosão poderiam provocar a queda desse edifício. Da mesma forma, um coração endurecido só tem chance de ser quebrantado quando um acontecimento inesperado, até mesmo uma tragédia, abala suas estruturas. Deus quer fazer desse coração sua morada, mas já que a Sua própria Palavra não está surtindo efeito nesse ser, Ele permite que os terremotos e explosões da vida sirvam como motivação para que esses corações se rendam a ele.

Camila Vasconcelos

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